sábado, 30 de abril de 2011

Toque e cheiro.

"Você pode se sentar?".
Eu me sento, melhor, me deito.
Escuto um estalo, você vem,
Deita-se ao meu lado.

"Como você se sente?"
Concordo com o dia, estou bem.
"Pergunto, como vai você."
Explica-me, insisto
Estou bem como o dia.

Mas não é isso que quero saber.
Não é isso que você quer me dizer.
"Eu faço parte de você, e então?
Como você se sente?”
Repito? O silencio
Continua você quer me escutar.
Reviro os olhos, adoro fazer isso.
Não quero falar, não tenho respostas.

Toco teu rosto. Beijo teu ombro.
Amarro meus dedos nos teus.
Não tem som, seguimos em silencio...
Mas o nosso amor tem cheiro.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Quatro peças de perigo.

Nunca vi um outono igual.
As nossas folhas, sempre,
caindo em diferentes direções.

Invernos sempre frios.
Os meus braços,
sentem falta dos seus.

Todas as flores se abrem,
para sentir o seu cheiro.
Primaveras invejosas.

E todos os meus verões são quentes.
Brigamos sempre, a causa dos nossos fins.
Extremamente esperados, desesperados e aflitos.
Até que você me aparece, rodeada em graça.
Ela se chama Camilla.
Tem uma cascata negra sobre os ombros.
E o mais agradavel...
Ela é o significado do amor.

Nessas horas.

Quando tu chamas.
Grito-te - socorro.
Tu se viras, disfarça.
Me gira, sem graça.

Se quando me beijas,
Me fecho - segredo.
Te guardo no peito,
E me perco,
Pro mundo de mascaras.

Confessa segredos,
Visualiza beijos.
Sente a saudade,
E amarga a maudade.