sexta-feira, 25 de junho de 2010

Como se sempre estivesse sozinho.

A vida refletida nos meus olhos parece tão falsa. Eu não pude existir sem você. Se eu não te tenho agora, como pude ter existido antes?
Como respirava, um ar sem teu cheiro. Como bebia, uma água sem teu gosto. Como poderia falar, se meu assunto é e sempre foi você. Impossível, e incontestável, você é minha vida! É inaceitável que você tenha me deixado, pro céu ou pro inferno, você me pertencia.
Sem querer me perco em tristezas, a maldade da realidade me fere. Não pode haver uma divisão, uma separação, você estar em mim. Eu te sinto em cada parte, te vejo em cada lugar, todos os lugares. Chamam-me pra dormir. Devo ir? Iludir-me e acordar, e sempre me ferir. Não tenho mais você, depois da raiva vem a impotência. Todos os dias lembranças fluem de onde nem sei. Ele inventou o querer e eu te quero. - Não posso te ter.
Talvez tenha sido um sonho, ou como mágica cai em um livro e pude viver. Por que agora morto eu estou.

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